segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Do desaparecimento

"Quem quer arruma um jeito, quem não quer arruma uma desculpa"

Mas e quando não tem jeito e nem desculpas, só um longo, interminável e massacrante silêncio?
Eu sempre digo que atitudes valem mais que palavras, e palavras são melhores do que não dizer nada.
E são mesmo. Qualquer ida ao dentista imaginária seria melhor do que a falta de notícias.
Passo e repasso as conversas e fico procurando um furo, algo que eu tenha dito, algo que eu tenha feito. Mas ai eu me lembro que não, já me torturei muito na vida achando que o problema era eu. Não tem nada de errado comigo.
O problema é que eu não sei lidar com montanhas russas. Eu gosto de coisas certas e constantes. Quer casual? Ok, tudo bem pra mim, contanto que seja casual 100% do tempo. E o mesmo vale pras mensagens de saudades e a suposta vontade de estar junto. Não tem como eu ser sua booty-call e a mulher da sua vida ao mesmo tempo, certo?
Eu queria gritar, xingar, dizer tudo o que ta passando na minha cabeça paranóide. Mas não dá pra trabalhar com pessoas com quem não falo há semanas.
E meu orgulho é grande demais nas horas erradas, então não, ligar e ir atrás não é a solução.

Se é que existe solução. Se é que precisa de solução.

Sorte minha que dessa vez eu escolhi me proteger. Escolhi não sentir, ou fingir que não sinto. E dessa forma, tudo fica mais claro diante dos meus olhos. Só tenho que dar um jeito na paranóia e pronto, to pronta pra próxima.

Só peço pra que continue assim então. Desaparecido. Me deixe lidar com meus demônios sozinha e seguir em frente. Não volte mais. Não me confunda mais.
Vá para a sua luz e me deixe encontrar a minha.