segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Divagando


Por um motivo muito besta, um teste no Facebook, eu passei o dia inteiro refletindo sobre o que eu penso da vida. Parece brincadeira né? É muito besta mesmo, mas é que me fez pensar bastante. O teste era sobre qual lenda do cinema você seria. E depois de responder verdadeiramente a todas as questões o resultado foi: Marilyn! É, a Monroe do "Happy Birthday Mr. President". Eu gosto e me identifico em alguns poucos aspectos da história dela. Mas o que fez eu pensar na vida foi a última frase do resultado do teste: "É vista como bobinha, e até fútil, mas na verdade é uma pessoa autêntica e não se preocupa em mostrar seu lado frágil."

Primeiro eu me lembrei que já perdi as contas de quantas pessoas, hoje muito amigas minhas, já me falaram: "Nossa, a primeira vez que eu te vi achei você muito metida".

...

Infelizmente eu passo essa péssima primeira impressão. Não é de propósito. Eu sou tímida em lugares novos e com gente que eu não conheço. Mas eu sou assim mesmo e tem que ter vontade de me conhecer de verdade pra ver que eu não vou pisar em você só porque, provavelmente, eu sou uns 20cm mais alta.

Enfim, isso me levou a perceber que eu costumo ser eu mesma, em todas as situações. E me senti orgulhosa disso! Tanta gente que passa na nossa vida, se aproxima, significa alguma coisa e de repente se mostra alguém completamente diferente.

Isso vem acontecido bastante comigo e, me chateia bastante, pra ser bem sincera. Mesmo eu me esforçando muito pra selecionar as pessoas que eu deixo me aproximar.

Tá, eu to parecendo a melhor pessoa do planeta. Não pense isso de mim. Eu sou brava, impaciente e na TPM sou literalmente insuportável. Além de ter mais um milhão de defeitos que é melhor deixar pra lá.

Mas, ainda bem, assim como a Marilyn, eu posso dizer que sou autêntica. Não tenho necessidade de esconder meu lado ruim, muito menos o lado bom.

E quer saber? Todo mundo deveria fazer o mesmo. Não ter medo de ser exatamente quem é, e se por acaso a maioria da sociedade se mostrar contra, é só ir se adaptando, se transformando em uma pessoa melhor. Todo mundo tem alguma coisa pra melhorar. O segredo é assumir isso, aceitar as críticas e enfrentar de cabeça erguida as consequencias de ser quem você é, sem perder a essência das particularidades que fazem de cada um de nós uma pessoa especial.
Beijos!!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

It's sunny but cloudy inside

Eu sempre reclamei das Segundas-feiras. Sempre defendi que são o pior dia da semana. Mas, hoje em especial, eu estou otimista sobre esse dia tão repudiado.
Depois de levar um tapa da realidade, bem no meio da cara, percebi quanta coisa tá errada na minha vida. E assim que terminei de dar um bom sermão em mim mesma, senti como se estivesse no mesmo ponto de um tempo atrás. Vi que já tinha passado por isso antes e que eu já tinha tido essa tal conversa comigo mesma algumas vezes antes.
Ok, a culpa é minha de ser preguiçosa o suficiente pra ter deixado as coisas chegarem onde estão. Mas, a verdade é que aconteça o que acontecer, a segunda-feira está lá, todas as semanas.
É de segunda que a gente começa regime, tenta ir na academia regularmente. Segunda feira é o dia de se renovar, de começar de novo. De tentar ser uma pessoa melhor, qualquer aspecto que seja necessário.
Ironia ou não, hoje eu fui no mercado comprar coisas saudáveis, corri durante meia hora sem parar e estou indo estudar. E estou determinada a não deixar nenhum fim de semana muito louco estragar meus planos.
E se dessa vez não der certo, daqui 7 dias tem outra segunda, pra manter a gente de cabeça erguida, pra fazer a gente levantar de qualquer bofetada.

"No fim, tudo dá certo. Se ainda não deu é porque não chegou ao fim."
Beijos...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

E vamos lá de novo...

Eu não tenho problemas em perdoar as pessoas. Não sou muito orgulhosa. Me lembro de duas situações em que não teve jeito. O real perdão não existiu. Essas situações não cabem agora, afinal foram duas puras exceções.
Se isso me atrapalha? Pois é. Descobri que sim. Me tirou as últimas noites de sono. Eu achava que essa minha capacidade de perdoar as pessoas era uma qualidade, pois uma hora ou outra as pessoas decepcionam mesmo a gente, todas elas. E não perdoar seria suicídio social e eu acabaria sozinha. Mas qual o limite do perdão? Qual dessas várias pessoas que já me decepcionaram não fariam falta se eu as cortasse da minha vida?
Depois de muitas e muitas horas pensando eu descobri que todas as pessoas que eu já perdoei, fariam falta na minha vida, se por acaso eu tivesse me afastado. Muita falta. E saudade é uma coisa com a qual eu não consigo aprender lidar. Moro fazem quase 2 anos fora de casa e se não fosse a internet, eu já tinha voltado pra Jundiaí a muito tempo (e quantas vezes eu já pensei seriamente em voltar eu já perdi as contas).
Enfim, sou alguém que acredita que uma boa conversa sincera resolve todos os problemas, menos os de saúde. Especialmente quando a conversa entre duas pessoas que se importam uma com a outra.
Talvez seja ingenuidade minha pensar desse jeito. Que tudo nessa vida é perdoável. Afinal, como eu disse, tenho certeza que vou me decepcionar de novo. Mas a vida é assim mesmo, eu acho. E sobrepor o orgulho ao perdão talvez não valha tanto a pena assim, se o preço a pagar é tão alto quanto a saudade.
Ou talvez eu esteja simplesmente tentando justificar minhas escolhas. Pra mim mesma, obviamente.
Se a palavra rumo a felicidade é arriscar, eu já dei all in. E perdoei de novo.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Kübler-Ross


Negação - Negação. Depressão. Raiva - Raiva - Raiva - Raiva - Raiva - Raiva - Raiva - Raiva - Raiva. Negação. Negociação - Negociação. Depressão - Depressão - Depressão - Depressão - Depressão. Raiva - Raiva. Raiva/Depressão. Aceitação!


Eu sou inconstante, poxa. Até parece que eu ia me contentar só com uma vez cada estágio e boa.

Anyways. Tudo dá certo no final né? Aceitação, me possua!
Beijos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Missão cumprida

O que eu mais gostava eram as cores. As cores que tinham cheiro e gosto. Gostava de flutuar também. De ver todo mundo por cima. E de estar de mãos dadas com ele. Na verdade eu gostava de tudo. Quando a gente voltava, batia aquela sensação de tá faltando algo e acabava usando outras coisas só pra partir pra outras dimensões. A gente tava sempre alto, e não ligava pra nada. Faculdade era só pra ter a carterinha do cinema. E pra morar com o meu namorado.
Eu lembro de ser feliz. Lembro de poucas coisas, mas eu sei que eu era feliz. Eu e ele. E era só o que importava. A gente, morar juntos e ficar alto.
Mas as coisas mudaram de repente. Infelizmente eu ainda lembro como se fosse ontem. Me lembro todos os dias, todos os segundos. Era um dia como qualquer outro. Uma quarta-feira eu acho. E ele deu a idéia de cheirar. Eu estava afim de uma coisa mais leve, mas ele insistiu e acho que eu nunca disse não pra ele. Num segundo a gente estava rindo e no outro ele estava no chão, morto.
Eu era o vazio. Por meses eu fui o vazio. Por que a única coisa que eu já sentira que me completava teve um fim. Dor é um estado de prazer perto de como eu me sentia. Lembro que não passava nada pela minha cabeça mas que as lágrimas escorriam, mesmo sem eu fazer esforço de choro. Lembro de pensar que era só uma das nossas viagens, que tinha dado errado e ia voltar tudo ao normal. Mas não voltou.
Um tempo depois alguém criticou o nosso relacionamento e como ele se autodestruiu e depois disse que infelizmente coisas ruins acontecem e não tem nada que a gente pode fazer pra mudar isso. Disse que tudo na vida tinha um motivo, e que ele passou na minha pra me mostrar o que era sentimento de verdade e que se eu consegui aprender, a missão dele perto de mim estava cumprida.
Depois disso, a aceitação foi inevitável. Mas pra sempre vou sentir falta do gosto das cores e de flutuar do lado dele.