quarta-feira, 13 de outubro de 2010

E vamos lá de novo...

Eu não tenho problemas em perdoar as pessoas. Não sou muito orgulhosa. Me lembro de duas situações em que não teve jeito. O real perdão não existiu. Essas situações não cabem agora, afinal foram duas puras exceções.
Se isso me atrapalha? Pois é. Descobri que sim. Me tirou as últimas noites de sono. Eu achava que essa minha capacidade de perdoar as pessoas era uma qualidade, pois uma hora ou outra as pessoas decepcionam mesmo a gente, todas elas. E não perdoar seria suicídio social e eu acabaria sozinha. Mas qual o limite do perdão? Qual dessas várias pessoas que já me decepcionaram não fariam falta se eu as cortasse da minha vida?
Depois de muitas e muitas horas pensando eu descobri que todas as pessoas que eu já perdoei, fariam falta na minha vida, se por acaso eu tivesse me afastado. Muita falta. E saudade é uma coisa com a qual eu não consigo aprender lidar. Moro fazem quase 2 anos fora de casa e se não fosse a internet, eu já tinha voltado pra Jundiaí a muito tempo (e quantas vezes eu já pensei seriamente em voltar eu já perdi as contas).
Enfim, sou alguém que acredita que uma boa conversa sincera resolve todos os problemas, menos os de saúde. Especialmente quando a conversa entre duas pessoas que se importam uma com a outra.
Talvez seja ingenuidade minha pensar desse jeito. Que tudo nessa vida é perdoável. Afinal, como eu disse, tenho certeza que vou me decepcionar de novo. Mas a vida é assim mesmo, eu acho. E sobrepor o orgulho ao perdão talvez não valha tanto a pena assim, se o preço a pagar é tão alto quanto a saudade.
Ou talvez eu esteja simplesmente tentando justificar minhas escolhas. Pra mim mesma, obviamente.
Se a palavra rumo a felicidade é arriscar, eu já dei all in. E perdoei de novo.

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