quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Apenas mais uma de amor?





Essa foto foi de um dia que mudou minha vida.
A gente nunca espera o dia que vai mudar nossa vida. E certamente eu não tava esperando que fosse esse.
Pela minha cara de merda, dá pra ver que coisa boa não foi.
Não vou ficar revivendo a história com detalhes, mas resumidamente: mentiram pra mim, eu acreditei e esse foi o dia que eu descobri a mentira e a ladainha toda. E honestamente, eu achei que um milhão de coisas fossem acontecer nesse dia em particular, menos o que aconteceu de fato.
Mas novamente, o objetivo não é contar história. É relembrar sentimentos.
Não percebi o fotógrafo tirando essa foto, ou seja, eu sei o quanto minha cara de merda tá sincera. E o que estava passando dentro de mim, eu acho que não vou esquecer nunca. Quando eu vi a foto no alguns dias depois, meu primeiro impulso foi mandar um email para o site de fotos para eles retirarem essa coisa horrivel de lá o quanto antes. Meu segundo impulso foi salvar a foto, antes que ela fosse retirada.
O que aconteceu comigo, não somente nesse dia em particular, mas toda a história sobre a qual eu não quero falar a respeito, foi um divisor de águas pra mim. Eu nunca me senti tão infeliz como naqueles dias, tão diminuida e enganada. E com o tempo eu percebi que grande parte (grande parte, não tudo) dessa tristeza toda, vinha da minha cabeça, da minha imaginação e da minha mania de exagerar. Eu resolvi que nunca mais ia sentir isso na minha vida, e não porque não ia mais deixarem me enganar, a vida é assim mesmo, as pessoas mentem e não há nada que se possa fazer a respeito, mas porque eu não ia mais exagerar. Não ia mais tirar os pés do chão, nem chorar por coisas que não merecem lágrimas.
Tem sido uma luta constante, afinal eu choro até no Jornal Nacional.
Mas de qualquer forma, a foto tá aí, pra me lembrar de como eu não quero voltar a me sentir daquele jeito, não importa o tamanho da cagada que talvez eu faça nos próximos dias.
  
"Se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer... e eu vou sobreviver!"

domingo, 2 de dezembro de 2012

Ir, sobretudo, em frente.

Vai devagar…
Pensa duas, três, quatro, quantas vezes forem necessárias pra não fazer bobagem. Cuida do teu coração, cuidado com quem você deixa entrar. Espera o tempo passar. Acredita menos…
As pessoas não são tão legais quanto aparentam ser. Quem acredita menos, sofre na mesma proporção. Até quando você achar que é verdade, desconfie um pouquinho. Faz bem não se entregar totalmente logo de cara.
Se arrisca mais, por você. Tenha coragem para dizer tudo que tens aí guardado. Seja forte para conseguir se manter calada perante alguns. Muda de rumo. Quando te mandarem ir por lá, vai pelo outro caminho. Ou vai apenas, pelo caminho do teu coração. Se você não aguentar mais fingir… Chore. Depois que você acabar de chorar, vai sentir-se mais leve. E então vai levantar a cabeça, lavar o rosto, pôr uma roupa bonita no corpo, um sorriso escandalosamente lindo no rosto e dizer que chega, que você vai é ser feliz!

domingo, 25 de novembro de 2012

wake up.

Falando sério
É bem melhor você parar com essas coisas
De olhar pra mim com olhos de promessas
Depois sorrir, como quem nada quer
Você não sabe
Mas é que eu tenho cicatrizes que a vida fez
E tenho medo de fazer planos
De tentar e sofrer outra vez
Falando sério
Eu não queria ter você por um programa
E apenas ser mais uma em sua cama
Por uma noite apenas e nada mais
Falando sério
Entre nós dois tinha de haver mais sentimento
Não quero o seu amor por um momento
E ter a vida inteira pra me arrepender

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Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não será mais o que és
Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar seus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenão querida
De cada amor tu herdarás só cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O que eu to fazendo aqui?

Esses dias eu fiquei me perguntando qual o propósito da minha vida. O que eu vim fazer aqui na Terra e será que eu estou conseguindo cumprir o que eu deveria? Quer dizer, por que raios estou fazendo medicina??? Eu adoro medicina. Mas eu passei em odonto e eu acho que não seria totalmente infeliz sendo dentista. E eu estaria me formando esse ano, o que é o que mais tá pesando nesses meus pensamentos mirabolantes.
Não aguento mais depender dos meus pais. Vender o almoço pra comprar a janta. Trabalhar - muito - de graça.
Ao mesmo tempo me pergunto se depois que eu me formar vou saber lidar com plantões e a responsabilidade de ser médica. Minha insegurança me diz que o dia que eu me formar vai ser o mesmo dia que eu vou entrar em colapso. Sinto como se estivesse cultivando uma bomba, como se eu adicionasse mais pólvora e explosivos a cada dia. E no dia do meu primeiro plantão vai explodir tudo. E não vai ser bonito, principalmente pra quem estiver por perto.
Mas e ai? O dia vai chegar. Eventualmente eu vou conseguir o que eu mais quero e o que eu mais tenho medo, ao mesmo tempo. Minha tão desejada liberdade e toda a responsabilidade do mundo. E eu vou me encolher num cantinho e chorar até passar.
Minha mãe sempre manda eu parar de sofrer por antecipação. Mas sabe que esse é meu jeito de me preparar pro que está vindo. Posso até passar noites sem dormir, mas quando o sofrimento chega ele é menor, ou pelo menos está mais amenizado.
Faltam dois anos. Dois anos.
Minha solução?
Fluoxetina 20mg - 1cp pela manhã
Rivotril Gotas - 10 gotas a noite

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Do desaparecimento

"Quem quer arruma um jeito, quem não quer arruma uma desculpa"

Mas e quando não tem jeito e nem desculpas, só um longo, interminável e massacrante silêncio?
Eu sempre digo que atitudes valem mais que palavras, e palavras são melhores do que não dizer nada.
E são mesmo. Qualquer ida ao dentista imaginária seria melhor do que a falta de notícias.
Passo e repasso as conversas e fico procurando um furo, algo que eu tenha dito, algo que eu tenha feito. Mas ai eu me lembro que não, já me torturei muito na vida achando que o problema era eu. Não tem nada de errado comigo.
O problema é que eu não sei lidar com montanhas russas. Eu gosto de coisas certas e constantes. Quer casual? Ok, tudo bem pra mim, contanto que seja casual 100% do tempo. E o mesmo vale pras mensagens de saudades e a suposta vontade de estar junto. Não tem como eu ser sua booty-call e a mulher da sua vida ao mesmo tempo, certo?
Eu queria gritar, xingar, dizer tudo o que ta passando na minha cabeça paranóide. Mas não dá pra trabalhar com pessoas com quem não falo há semanas.
E meu orgulho é grande demais nas horas erradas, então não, ligar e ir atrás não é a solução.

Se é que existe solução. Se é que precisa de solução.

Sorte minha que dessa vez eu escolhi me proteger. Escolhi não sentir, ou fingir que não sinto. E dessa forma, tudo fica mais claro diante dos meus olhos. Só tenho que dar um jeito na paranóia e pronto, to pronta pra próxima.

Só peço pra que continue assim então. Desaparecido. Me deixe lidar com meus demônios sozinha e seguir em frente. Não volte mais. Não me confunda mais.
Vá para a sua luz e me deixe encontrar a minha.

domingo, 16 de setembro de 2012

Surto

Eu já tentei escrever esse texto pelo menos umas dez vezes. O que acontece é que o que passa na minha cabeça é muito mais rápido do que a velocidade que os meus dedos conseguem digitar.
Ontem mesmo fui tentar falar tudo o que estava se passando comigo para uma amiga. Eu comecei a falar tanto, tão rápido, coisas tão sem sentido, que depois que eu terminei, ela me olhou, fez um sinal negativo com a cabeça e disse "Você precisa de terapia. Urgente.".
Tudo o que está acontecendo na minha vida agora me faz pensar demais e não tem jeito, toda vez que eu penso demais, dá merda.
Essa semana na aula de psiquiatria, tivemos desvios de personalidade. A primeira que o professor explicou foi a personalidade Paranoide. Aqui vão algumas características:
- Tendência a interpretar as atitudes alheias como deliberadamente humilhantes ou ameaçadoras
- Questionam sem razão a lealdade e confiabilidade de amigos e colegas
- Ciume excessivo
- Interpreta significados ocultos em ocorrências benignas
Depois veio a personalidade Borderline:
- Instabilidade de humor
- Impulsividade
- Relacionamentos intensos e instáveis
- Esforços freneticos para evitar abandono real ou imaginário
- Sentimentos crônicos de vazio e tédio
Bom, daí já deu pra ter uma idéia de como eu saí da aula. Tudo bem que a primeira coisa que ele disse, no primeiro dia de aula foi: "Não tentem se auto diagnosticar, vocês vão se identificar com muitas coisas aqui, mas pode não significar nada. É sério.". Mas por uma simples força do hábito eu ignorei essas palavras. E agora eu acho que sou paranóide e borderline. E quando eu tomei isso como verdade, o que já estava confuso, ficou insuportável.
Eu não consigo ficar dentro da minha própria cabeça sozinha. Acho que é por isso que tenho escutado tanta música. Até pra dormir, coisa que eu não fazia desde minha última crise de identidade na adolescência.
Escrevo na esperança de me sentir melhor. Escrevo pra não gritar, e pra não me perder de vez.
Talvez eu não saiba lidar com responsabilidades, porque prova, estágio e trabalho cientifico é muito pra mim. Talvez eu não esteja preparada pra salvar a vida dos outros, porque em quatro meses eu vou ter meus próprios pacientes, e eu não sei porra nenhuma de medicina. Talvez eu não esteja conseguindo levar meu pseudo relacionamento adiante, porque eu não sei ter um pseudo relacionamento sem ficar completamente paranoica a respeito. E se eu realmente não estiver pronta pra nenhuma dessas coisas? Agora eu já estou aqui, vou até o fim, mesmo que isso me consuma.
Eu sempre vivi na teoria de que no fim tudo dá certo. É porque até hoje tudo deu certo mesmo. Prova disso é que eu não conseguia escrever um texto e aqui está ele. Mas toda regra tem sua exceção e eu estou com medo que seja dessa vez...



terça-feira, 21 de agosto de 2012

Por enquanto


Eu tento aproveitar esses momentos. Esses breves momentos de certeza. A certeza de que tem você, de que tem alguma coisa. Qualquer coisa.
E eu quero me lembrar de agora. Sentir cada golinho de felicidade e de bom humor que você me traz.
Tá tão bom assim, desse jeito...
É um alivio cada vez que isso acontece, que a gente acontece. Mesmo que seja só de vez em quando...

domingo, 15 de julho de 2012

Dia do homem

Tá brincando né? Eu sei que é pura jogada de marketing, e só mais um dia pra ganhar dinheiro assim como o dia das mulheres, dia das mães, dos pais, dos namorados, das crianças. Mas será que só eu vi a mancada por trás dessa invenção estúpida? Eu achei essa história um absurdo!!!! Muitas de nós mulheres temos que fingir falta de interesse, ou pelo menos diminuí-lo só porque pra eles é mais divertido ir atrás de alguem que é "difícil". Temos que segurar pra não demonstrar que estamos sentindo qualquer coisa que seja, porque senão eles acham chato e sem graça. E agora querem inventar um dia que a gente tem que agradecer a existência deles? Faça-me o favor!!!!
Vivemos em um mundo, que independente da conquista feminina, é machista! E não adianta falar o contrário. Podemos votar, mas ainda nos xingam no trânsito. Podemos trabalhar, mas não como urologistas ou ortopedistas, porque são especialidades de homem e nenhum paciente confia em uma mulher que faça esse tipo de coisa. Podemos sim mostrar interesse por um homem, mas isso fará com que ele escolha aquela outra que ficou esperando ele dar o primeiro passo.
Não me levem a mal, conheço homens maravilhosos em muitos aspectos. E posso falar qualquer bobagem aqui que vão falar: "Tá falando mal, mas todo dia escreve que gosta de alguém né, bonita?". Pois é, eu não disse que não preciso dos homens. Só acho que vai ser ridículo se essa moda pegar e as pessoas começarem a fazer homenagens pelo valor que os homens tem na sociedade. "Campanha da semana do homem, faça seu exame de próstata de graça aqui" ou então "Compre uma flor para os homens importantes da sua vida", "Diga não a violência contra os homens".
Sinto muito, mas essa pra mim, foi a palhaçada do ano.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

De louca já basta eu


Eu sou obrigada a conviver comigo mesmo todos os dias. Sendo assim, me esforço ao máximo para me amar. Nessa empreitada, descobri que amar a mim mesma é mais importante do que qualquer coisa. E eu quero dizer QUALQUER coisa. Não significa que é o que tá acontecendo no momento, mas é uma de minhas lutas.
Enfim, aprender a me amar não é fácil nem pra mim, quanto mais pros outros. O fato é que eu me conheço, sei meus defeitos, sei onde tenho que melhorar e principalmente, sei o que está passando na minha cabeça.
Ter que conviver comigo mesma, aguentar olhar pra mesma imagem no espelho todos os dias já é fardo suficiente pra mim. Já é o que eu consigo aguentar.
Dessa forma, não preciso e nem quero aturar qualquer forma de loucura que não seja a minha. Não preciso perder meu tempo tentando adivinhar o que se passa na cabeça de qualquer pessoa, que não seja eu mesma! Eu já tenho um trabalhão tentando me entender, pra que vou me desgastar tentando desvendar alguém que muda de idéia mais do que muda de roupa? Eu sou uma pessoa que precisa de certezas, constâncias e muita atenção, não só de vez em quando. Eu surto com o que não está certo, planejado. Prefiro por um ponto final, prefiro desaparecer do que ficar nesse vai-não-vai. É uma das coisas que eu preciso melhorar em mim, mas infelizmente nesse momento eu sou assim. Faz parte do meu plano me amar desse jeito. Também faz parte do meu plano não ser mais disponível e não esperar mais nada.
Sim, eu gosto dele. Mas eu gosto mais de mim.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Epifania

Se você for analisar texto por texto desse blog, vai perceber que a grande maioria é sobre um homem. Um homem pelo qual eu estou sofrendo. E também vai perceber que é mais de um homem, são uns 3. Todos pelos quais eu me apaixonei, me iludi e sofri por meses. Eu escrevo aqui há três anos. Isso significa que há pelo menos três anos - ainda existem 18 anos antes do inicio do blog - eu me deixo apaixonar, iludir e sofrer. É muito tempo pra cometer os mesmos erros, não?
Aí se você ler cada texto de fim de ano, ou de aniversário, TODOS tem uma referência a minha extrema necessidade de parar de errar, ou pelo menos aprender alguma coisa com os erros.
O que eu quero dizer é que, a culpa desses aproximadamente três relacionamentos não derem certo, foi única e exclusivamente minha. Não por que eu fiz alguma coisa errada. Mas porque nunca existiu um relacionamento. E o grande problema, foi eu achar que tinha alguma coisa... Coisa de gente maluca? Talvez, mas eu sempre soube que não sou normal. Eu passei mais da metade da minha vida, xingando até os antepassados de caras que simplesmente não queriam ficar comigo. E que culpa eles tem disso? Absolutamente nenhuma!
Não to justificando as cagadas que fizeram comigo, mas eu penso que se eu tivesse esse mesmo bom senso que estou tendo hoje, minha dose de lágrimas e música depressiva seria bem menor.
Perdi muito tempo sofrendo. Porque quando eu sofro, é de verdade. E eu não mereço isso. E eu percebi que não preciso passar por isso. Eu posso encarar qualquer situação como uma fase, que vai passar. Posso enxergar cada cara, como simplesmente um cara que vai embora do mesmo jeito que chegou, independente da quantidade de coisas lindas que ele fale.
Então hoje, eu posso, com toda certeza dizer que parei. Parei de perder tempo, parei de drama, parei de expectativa.
Não sou auto-suficiente de forma alguma. Ainda sou a mesma mulher carente e necessitada de atenção e amor. A diferença é que agora eu entendo que mesmo sendo assim, não tem motivo nenhum pra eu parar. Então aqui estou eu mais uma vez, continuando...

sábado, 23 de junho de 2012

Mundinho

Eu sou apaixonada por bebês, mas não gosto de cachorros. Ouço todo tipo de música e danço loucamente, até que meus pés não aguentem mais. Eu gosto de quem me trata bem e de quem é educado. Beleza é o menos importante. Gente interessante de verdade é inteligente, tem opinião e não julga os outros por nada. Meu coração é grande, assim como tudo em mim, pernas, braços e cabeça! Eu espirro pelas manhãs e tenho medo do escuro, mas só quando acaba a energia. Na hora de dormir eu gosto do escuro completo. Odeio estar errada e odeio perder, mas não significa que eu não saiba fazer essas coisas. Eu me apaixono rápido, não desisto fácil. Não desapaixono com a mesma facilidade, mas eventualmente acontece. Choro. Choro muito. Eu desmaio quando me levanto muito rápido. Eu dou risada por coisas idiotas. Eu falo muita coisa idiota. Eu não penso pra falar. Eu falo muito. Mentira é o fim. Perdôo com facilidade, não guardo rancor nem mágoa de ninguém. Atitudes valem mais do que palavras, e palavras valem mais do que o silêncio. Prefiro uma pizza do que uma barra de chocolate. Eu sou tímida e não sei conversar com quem eu não conheço. Eu não sou difícil de lidar, mas não me provoque porque eu sou (muito) brava. Eu sou confusa, paranóica e louca. Então não fale em códigos, porque eu vou entender errado. Não minta ou omita, porque eu vou descobrir. Eu me conheço muito bem, sei quem sou, de onde vim e tenho uma vaga idéia de pra onde vou. Cabe agora a você querer se aprofundar em cada pedacinho de mim e vim fazer parte desse meu mundinho doido.


"But you didn't have to cut me off
Make out like it never happened and that we were nothing
And I don't even need your love
But you treat me like a stranger and that feels so rough
No, you didn't have to stoop so low
Have your friends collect your records and then change your number
I guess that I don't need that though
Now you're just somebody that I used to know"

terça-feira, 22 de maio de 2012

25demaio ?

Pela primeira vez na minha vida eu não quero que meu aniversário chegue. Por isso, o post desse ano está sendo hoje, e não no dia 25. Porque eu quero ficar aqui, com 21 anos. Mas não necessariamente aqui. Aqui tá um saco.
Eu quero que o tempo passe mas sem que eu envelheça, sabe? Queria piscar os olhos e estar na minha formatura! Depois piscar os olhos de novo e estar no meu casamento! E depois na minha casa linda, com meu marido e meus dois filhos.
22 anos, gordinha, sem namorado e sem dinheiro. É, não tá um aniversario legal. E eu sei que o ultimo post foi de como eu não deveria reclamar da vida, de como tenho coisas maravilhosas. E eu ainda as tenho, mas não tá sendo suficiente, não dá pra deixar de sentir o vazio, não dá pra ignorá-lo mais.
Minha vida não tá como eu planejei. Eu sempre soube que não seria daquele jeito que eu sonhava, mas é que tá tudo tão desviado, de ponta cabeça. O nosso futuro é a gente quem faz, e eu to tentando tanto, mas tanto... e mesmo assim, não tá certo. Alguma coisa não tá certa.
E porque eu to me abrindo tanto assim por aqui? Porque o primeiro passo é parar de fingir que tá tudo bem. E aqui é onde tem que estar meu eu mais sincero. Coisas precisam mudar. Se não tá suficiente, preciso trabalhar mais. Preciso de forças pra trabalhar mais. Preciso descobrir de onde vou tirar essas forças.
Me disseram que eu sou espetacular. Não é um elogio que se esteja acostumada a ouvir, mas por mais ou menos uma semana, me deu uma auto-confiança que eu achei que não ia caber em mim. Me senti como se eu pudesse fazer qualquer coisa. E naqueles dias eu fiz mesmo, tudo o que me dava vontade e o que eu queria, simplesmente porque eu era espetacular! E sim, tudo isso por conta de um elogio bobo. Claro que agora já passou, meu ego não é tão grande assim, é só que foi um sentimento tão bom, que eu quero que volte. E não quero precisar de elogios pra me sentir daquele jeito, quero aquela auto-confiança simplesmente por si só.
Quero que tudo passe logo. Quero fechar os olhos e acordar feliz. Ou pelo menos motivada e me sentindo como se nada pudesse me impedir de chegar na felicidade.
Feliz aniversário, Isabella!


quinta-feira, 1 de março de 2012

Eu sou muito reclamona e dramática. Eu tenho essa mania estúpida de achar que meus problemas são maiores que os das outras pessoas. Na verdade eu não acho que são maiores, só que na minha cabeça de "dramma queen" eles tomam uma proporção tão grande que eu acabo esquecendo das coisas boas que eu tenho na minha vida.
E hoje, exclusivamente hoje, eu parei pra pensar no tanto de coisa boa que eu tenho e o tanto que eu perco, quando mantenho o foco na parte ruim.
Então vamos lá. Pra começar, eu tenho pais que me amam infinitamente, que fazem absolutamente tudo o que podem e o que não podem por mim. Tenho uma irmã maravilhosa e um irmão que não conversa muito comigo, mas que no fundinho eu sei que me ama!! Então no quesito família eu sou privilegiada.
Eu tenho amigos. Eu tenho os amigos perfeitos, que eu ouso chamar de minha segunda família, simplesmente porque eles são. São meu porto seguro aqui na Morada do Sol e sem eles eu juro que não sei o que seria da minha sanidade mental!
Eu amo o que eu faço. E não são muitas pessoas que podem ou conseguem dizer isso. Sou tão apaixonada pela minha profissão que me dá vontade de chorar!!!!
E esses são só os aspectos mais importantes a serem registrados. Tenho quase 22 anos, sou saudável, relativamente inteligente, e sempre consegui alcançar tudo o que eu quis. Se até hoje de manhã eu tava procurando a tal da felicidade, agora eu digo que parei. Minha felicidade é agora! E eu to completa!!!!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

"Você nasceu no lar que precisava nascer, vestiu o corpo físico que merecia, mora onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com o teu adiantamento.
Você possui os recursos financeiros coerentes com tuas necessidades... nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Seu ambiente de trabalho é o que você elegeu espontaneamente para a sua realização.
Teus parentes e amigos são as almas que você mesmo atraiu, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Você escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes. São as fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência.
Não reclame, nem se faça de vítima. Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta, busca o bem e você viverá melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."

(Chico Xavier)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O silêncio, o grilo e a inconveniência

Só se ouvia o barulho do grilo lá fora, e duas respirações, rápidas e de certa forma sincronizadas. Se é que fosse possível, havia espaço entre os dois mesmo em uma cama de solteiro. Já estavam em silêncio a bastante tempo e os dois sabiam que qualquer hora dessas, alguém teria que dizer alguma coisa. Um dos dois ia ter que fazer um comentário, dizer como estava quente, como o grilo estava enxendo o saco, como as ultimas duas horas tinham sido... bacanas. E tinham sido, mas parecia que ninguém tinha nada pra falar.
E sabe, quando ninguém tem nada pra falar, o melhor a se fazer é realmente ficar quieto. Pelo menos até que alguém tenha algo de útil ou pelo menos não vergonhoso pra dizer.
Então podem imaginar a surpresa e desapontamento dela, quando ele foi o primeiro a se pronunciar e em um universo de palavras e combinações de palavras formando frases que supostamente deveriam agradá-la , o som que saiu de sua boca foi:
- E ai, seu ex te ligou hoje?


WTF?????

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O último.

Eu sei que você queria ganhar. Em uma competição, todo mundo quer ganhar. E tem sempre aqueles que tem um certo vício pela vitória. Aqueles que dão seu sangue, sua alma, cada pedacinho seu pra conseguir chegar em primeiro lugar. Só que às vezes não dá. Às vezes nem todo o sangue do mundo seria suficiente pra te levar ao pódium. Às vezes foi esse o caso. Não era pra ser. Não era pra você chegar em primeiro lugar. E não tem porque se envergonhar disso, você sabe que fez absolutamente tudo o que podia. A não ser que a caminhada da vergonha seja no meio de todos os seus conhecidos e todos os dias vai ter alguém apontando e lembrando do quanto você estava desesperada pra ganhar e acabou morrendo na praia. Mas fora isso, nenhum motivo pra querer se enfiar a cabeça em um buraco e não sair de lá nunca mais.