terça-feira, 16 de abril de 2013

Mayce


Em uma tarde de sábado, no fim de março de 2010, fui passar uma tarde com a minha tia Mayce. Assistimos a Noviça Rebelde, porque fazia muito tempo que não assistiamos juntas. Comemos um lanche, tomamos uma coca bem gelada e de sobremesa um sorvete de pistache, tudo muito bem preparado pela Vó Loira, que estava sempre lá, cuidando dela. Depois vimos a novela das 6 e a das 7. Conversamos sobre o que ela viu da vida, quantas pessoas conheceu, me contou dos namorados que teve e como a Europa trazia uma experiencia nova a cada ano que ela ia (e foram muitos anos de Europa). Mesmo cansada, sem os cabelos, fisica e mentalmente exausta, seus olhos brilhavam ao falar de suas aventuras. Contou um segredo sobre os pais de conhecidos meus. Ela sabia algo de todo mundo. Ela conhecia todo mundo. Me disse que tinha tido a vida que sempre quis, que tinha poucos arrependimentos. Pediu pra que eu amasse minha familia acima de qualquer coisa e disse que me amava muito. Também disse que sabia que era minha tia preferida, mesmo que eu não pudesse falar. Falou que sentia dor, todos os dias, constantemente e que queria que aquilo parasse. Eu me despedi com um abraço forte e um 'eu te amo' sincero. Quinze dias depois, Deus achou que finalmente era a hora dela descansar. Eu sinto tanto a falta dela, porém sou tão grata por ter tido esse último momento, por poder ter dito o quanto ela era importante pra mim. Hoje, 16 de abril, completam três anos sem Mayce. E essa é minha homenagem, uma de tantas as memórias de dias que tive o privilégio de passar ao lado de uma mulher incrivel, extremamente forte e de fé inabalável. Minha querida e insubstituível tia...

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