segunda-feira, 6 de maio de 2019

Para quando a carapuça servir

Eu sei que te assusto. Te assusto no jeito, na atitude, na independência e no desapego. Tambem assusto na entrega, na vulnerabilidade, na intimidade. Mas acontece que essa sou eu. Por tempo demais fingi ser menos expansiva, menos segura de mim, menos dona do meu próprio nariz, só pq “homem assusta com mulher muito independente”. Era cansativo, era pesado e me fazia mal.
Eu sei que você não ta preparado pra tudo isso. Talvez seja sua idade, sua criação, ou o fato de também ser livre demais e ter medo de ser “preso”.
Mas to aqui, te prometendo que voaria a dois. Iria bem alto, por toda parte, em busca de cada dia mais felicidade!
Se você quiser, estamos juntos!
Perde esse medo, vai! Eu não mordo. A não ser que você peça.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

XO

Eu to sumida né? A última vez que eu escrevi era sextanista, agora sou médica. A última vez que escrevi eu estava em um relacionamento - vamos chamar aqueles 12 meses de relacionamento - e agora eu estou sozinha. A verdade é que eu queria escrever. Eu queria escrever muito. Mas eu tive vergonha. Vergonha de ter passado pela mesma coisa de novo. Não queria falar de outro homem que eu amei e não deu certo, mas era só sobre isso que eu conseguia escrever. Amei e me iludi...
Enfim, terminou. Pelo mesmo motivo dos outros... ele não gostava tanto assim de mim.
Eu não sei se sou masoquista, ou só muito insistente.
Terminamos de fato há três meses. Mas já tinha acabado antes disso. Eu que sou assim. Amo demais sempre, e pra eu desistir...ah, só com muita rejeição. E foi o que aconteceu.
Sinceramente, o término foi menos doloroso do que eu pensei que seria. Ou pelo menos o sofrimento não durou tanto quanto eu imaginei. Chorei por um fim de semana inteiro. De sexta a segunda eu morri. Eu era lágrimas e só. Sobrevivi a base de vinho e queijo (graças aos meus pais que estavam lá pra não deixar faltar o vinho, além de segurarem minha mão durante todo o tempo). Depois disso, eu não derrubei mais nenhuma lágrima. O que me surpreendeu muito, considerando meu histórico até hoje.
Se estou melhor sem ele? Definitivamente. E eu deixo de sentir falta dele por isso? De forma alguma.
Por mais que a história toda tenha sido dramática, problemática e muito estranha, foi a primeira vez que eu convivi tanto tempo com a mesma pessoa. Foi um ano. E a rotina é o mais dificil. É tão esquisito de repente não receber mais a mensagem de bom dia, não ter alguem que saiba cada detalhe da minha vida e poder compartilhar tudo isso com ele.
Não voltaria com ele. Estou mesmo melhor assim. Eu estava esgotada de imaginar o que tava acontecendo. Esgotada de esperar ele corresponder o tanto de amor que eu tinha por ele.
Porque no fim a verdade é essa. Eu sou uma pessoa que ama demais. E não quero perder isso. Não quero mudar só porque o mundo não está pronto pra lidar um amor tão grande como esse que eu sou capaz de ter. O negócio é eu achar alguem que tenha coragem de vir comigo nessa. Ok, talvez ainda tenham mais alguns textos como esse antes de eu achar o maluco que vai querer ficar comigo pra sempre, mas eu estou bem com isso. Estou bem comigo. E isso é o que importa!

quarta-feira, 26 de março de 2014

Meu mundo novo

(Pra fazer mais sentido, antes deste, leia "Mundinho" de 23/06/2012)

Eu continuo apaixonada por bebês, mas agora eu também gosto de cachorros. Ainda ouço todo tipo de música, mas dançar é só um hobbie e meus pés não aguentam dançar por muito tempo. Beleza continua sendo o menos importante, desde que seja inteligente, educado e me trate bem. Meu coração agora é maior, mas o resto continua do mesmo tamanho. Tenho espirrado mais no fim da tarde e o escuro não me dá mais tanto medo. Odeio estar errada, mas sei que faz parte então bola pra frente. Paixão que começa súbita, acaba súbita também. Amor é uma coisa construída. Eu não choro mais. Pelo menos não com tanta facilidade. Faz tempo que eu não desmaio por me levantar muito rápido. Coisas idiotas sempre vão me fazer rir. Continuo falando coisas idiotas. Falando muito. Falando sem pensar. Mentira sempre vai ser a pior coisa do mundo. Perdão é uma forma de amor, e é outra coisa que nunca vou mudar, minha capacidade de perdoar. Atitudes mudam a vida! Ultimamente ando preferindo a barra de chocolate do que a pizza. Minha timidez diminuiu, minha braveza diminuiu, assim como minha confusão, paranóia e loucura também (não significa que tenham sumido). Minha capacidade de descobrir coisas continua a mesma. Apesar de me conhecer, mudei muito, não tenho mais certeza de nada e não faço ideia pra onde vou. Só agradeço todos os dias pela chance que você me deu de te mostrar quem sou de verdade. Conheceu cada pedaço, cada defeito e mesmo assim, quis fazer parte do meu mundinho doido!!


Baby are you listening? 
Wondering, where you've been all my life?!
I just started living
Baby are you listening?
When you say you love me, 

Know i love you more
When you say you need me, 
Know i need you more
Boy, i adore you...
I adore you!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Sexto ano...

Estive pensando o quanto é foda pra cacete essa historia de estar no sexto ano. Até hoje me lembro do dia em que disse aos meus pais: Vou fazer medicina. Eu tinha 16 anos, e sinceramente, acho que negava desde os 10 que era isso mesmo que eu queria, mas tinha medo. Medo das dificuldades todas, que eu sempre soube que existiriam. E eu não estava errada. Pra começar, foi um intenso e massacrante ano de cursinho. Mas valeu a pena, porque eu passei! E a partir dai, minha vida tem sido uma grande sequencia de "um dos dias mais felizes da minha vida", mesmo com todas as barreiras. O dia que eu passei no vestibular, o dia em que fiz minha matricula na faculdade, o dia do meu trote, o primeiro dia no laboratorio de anatomia, os dias que eu passava de semestre, o dia que atendi um paciente sozinha pela primeira vez, meu primeiro dia do internato, o dia que fiz meu primeiro parto, meu ultimo dia do quinto ano...
Olhando pra trás, são só esses momentos bons que eu consigo enxergar. As dificuldades são muito pequenas perto do tanto que eu aprendi e amei estar na faculdade de medicina. Aliás, ainda amo. Ainda falta um ano. Um ano de momentos felizes, pra finalmente chegar no dia mais feliz de todos!
Vem sexto ano. Eu estou pronta!!!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Bom dia!

Te olho dormindo de lado. É engraçado como não importa se você está em um colchão apertadinho ou em uma cama de casal, você só ocupa meia cama. Sempre encontra um jeito de se deitar de um modo que eu consiga me encaixar perfeitamente ao seu lado. Um convite tentador a uma conchinha já pré-moldada. Aproximo-me do calor que você exala para sentir sua respiração quente em minha nuca. Sua pele morna, quase molhada é uma provocação para eu mandar o resto do mundo a merda e passar o dia encolhida entre seus braços. O despertador virou meu mais íntimo inimigo...

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Simples














E eu não preciso mais contar moedinhas de afeto...

terça-feira, 16 de abril de 2013

Mayce


Em uma tarde de sábado, no fim de março de 2010, fui passar uma tarde com a minha tia Mayce. Assistimos a Noviça Rebelde, porque fazia muito tempo que não assistiamos juntas. Comemos um lanche, tomamos uma coca bem gelada e de sobremesa um sorvete de pistache, tudo muito bem preparado pela Vó Loira, que estava sempre lá, cuidando dela. Depois vimos a novela das 6 e a das 7. Conversamos sobre o que ela viu da vida, quantas pessoas conheceu, me contou dos namorados que teve e como a Europa trazia uma experiencia nova a cada ano que ela ia (e foram muitos anos de Europa). Mesmo cansada, sem os cabelos, fisica e mentalmente exausta, seus olhos brilhavam ao falar de suas aventuras. Contou um segredo sobre os pais de conhecidos meus. Ela sabia algo de todo mundo. Ela conhecia todo mundo. Me disse que tinha tido a vida que sempre quis, que tinha poucos arrependimentos. Pediu pra que eu amasse minha familia acima de qualquer coisa e disse que me amava muito. Também disse que sabia que era minha tia preferida, mesmo que eu não pudesse falar. Falou que sentia dor, todos os dias, constantemente e que queria que aquilo parasse. Eu me despedi com um abraço forte e um 'eu te amo' sincero. Quinze dias depois, Deus achou que finalmente era a hora dela descansar. Eu sinto tanto a falta dela, porém sou tão grata por ter tido esse último momento, por poder ter dito o quanto ela era importante pra mim. Hoje, 16 de abril, completam três anos sem Mayce. E essa é minha homenagem, uma de tantas as memórias de dias que tive o privilégio de passar ao lado de uma mulher incrivel, extremamente forte e de fé inabalável. Minha querida e insubstituível tia...